Você faz scalp block com frequência?
Lembra de todos nervos que precisam ser bloqueados?
Prepare-se porque preparamos um estudo maravilhoso pra vocês sobre esse tema.
Estão prontos?
O que é o Scalp Block?
O scalp block ou bloqueio do couro cabeludo descreve a realização de anestesia local nos nervos específicos da cabeça, promovendo anestesia na região do couro cabeludo.
Essa técnica é frequentemente realizada para proporcionar alívio da dor durante procedimentos cirúrgicos ou outros procedimentos médicos que envolvam o couro cabeludo, como cirurgias plásticas, procedimentos dermatológicos ou procedimentos em que é desejado um bloqueio sensitivo na área da cabeça.
O objetivo é garantir que o paciente não sinta dor durante o procedimento, enquanto ainda está acordado/sedado, em procedimentos como craniotomia awake ou mesmo para diminuir o consumo de opioide e promover analgesia durante anestesia geral. Outra vantagem é uma redução na necessidade de analgésicos pós-operatórios, proporcionando um melhor controle da dor durante a recuperação.
Dependendo do procedimento e do local a ser abordado, o bloqueio pode ser alterado de acordo com a necessidade individual daquele paciente. Por isso é necessário o conhecimento específico da anatomia desta região para saber onde bloquear e que área estará anestesiada.
A realização do scalp block promove anestesia da pele e subcutâneo, periósteo e gálea subaponeurótico da região.
Classicamente envolve o bloqueio de SETE nervos:
- N. occipital maior
- N. occipital menor
- N. auricular maior
- N. Auriculotemporal
- N. zigomaticotemporal
- N. supratroclear
- N. Supraorbital
NERVOS SUPRATROCLEAR E SUPRAORBITAL
São provenientes da divisão do nervo frontal. O nervo supraorbital emerge com seus vasos através do forame supraorbital e continua superiormente entre o músculo elevador da pálpebra superior e o periósteo. O nervo supratroclear aparece de maneira mais medial através do entalhe supraorbital. Esses dois ramos fornecem a inervação sensorial para o couro cabeludo e testa frontais, a parte medial da pálpebra superior e a raiz do nariz.
NERVO ZIGOMÁTICOTEMPORAL
Ramo do nervo maxilar (V2 do trigêmeo), responsável pela inervação da pele da porção mais anterior da pele da fossa temporal, além da pele da porção lateral da fronte.
NERVO AURICULOTEMPORAL
Os dois terços superiores da superfície anterior são supridos pelo ramo auriculotemporal da divisão mandibular (V3) do nervo trigêmeo. O nervo auriculotemporal atravessa a glândula parótida para ascender anteriormente ao canal auditivo junto com a artéria temporal superficial, passando superiormente de forma superficial ao arco zigomático.
NERVO AURICULAR MAIOR
A superfície posterior da orelha e o terço inferior de sua superfície anterior dependem do nervo auricular maior e do nervo occipital menor, dois ramos do plexo cervical. O nervo auricular maior se origina das raízes dos nervos cervicais C2 e C3, emerge da borda posterior do músculo esternocleidomastoideo e ascende (dividindo-se em ramos anterior e posterior) em direção à mandíbula, à glândula parótida e à orelha. Ele supre a porção inferior posterior da aurícula, o lóbulo e a pele do ângulo da mandíbula.
NERVO OCCIPITAL MAIOR
O nervo occipital maior se origina da raiz do segundo nervo cervical (C2), emergindo entre o atlas e o axis. Ele ascende entre o músculo oblíquo inferior da cabeça e o músculo semiespinhal da cabeça antes de perfurar este último músculo. Em seguida, torna-se subcutâneo ao perfurar a aponeurose do trapézio, ligeiramente abaixo da linha nucal superior. Neste ponto, está mais frequentemente localizado imediatamente medial à artéria occipital. Fornece inervação cutânea para a maior parte do couro cabeludo posterior, desde o nível da protuberância occipital externa até a região mais superior do couro cabeludo.
NERVO OCCIPITAL MENOR
O nervo occipital menor se origina dos ramos primários ventrais das raízes cervicais C2 e C3, fornecendo inervação para a parte superior do lóbulo da orelha e a região occipital lateral.
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